Palestra: Estratégias Pedagógicas para Leitura e Escrita
Local: Apae Palmas Realização: 02.2024
Palestrante: Dra Eliane Marques
A aplicação de estratégias pedagógicas para leitura e escrita de pessoas com deficiência deve considerar a individualidade e o ritmo de cada aluno. Aqui estão algumas maneiras práticas
1. Método Fônico e Multissensorial
O método fônico, que associa sons às letras, pode ser adaptado para ser mais eficaz em alunos com deficiências ou transtornos de aprendizagem. Como método das boquinhas, multigestos, tecnologias assistivas, CAA dentro outros.
2. Sequência Gradual: Alunos com deficiência intelectual se beneficiam de um progresso lento e estruturado. Ensinar leitura e escrita NÂO deve começar com letras isoladas, progredindo para sílabas, palavras curtas e depois frases. Utilização sequências, como a abordagem da Coleção Primeiras Leituras , onde um segue sequencia e níveis de aprendizado como a metodologia Abacadá.
3. Materiais Visuais e Concretos: O uso de recursos visuais e concretos, como imagens e objetos relacionados às palavras ensinadas, facilita a compreensão. Ao ensinar a palavra “casa”, por exemplo, mostrar uma imagem ou até mesmo usar um brinquedo em forma de casa pode ajudar a criança a entender e lembrar da palavra com mais facilidade. Fazendo associações por imagem, por som e /ou gestos.
4. Repetição e Prática Constante: A repetição é essencial para a consolidação do aprendizado. Atividades devem ser repetidas diariamente, mas de forma variada, para manter o interesse do aluno. Isso pode incluir jogos de correspondência de letras, leitura em voz alta de palavras simples e atividades interativas que incentivam a escrita.
5. Divisão de Tarefas em Pequenas Etapas: Tarefas mais complexas, como escrever uma frase, devem ser divididas em pequenas etapas. Primeiro, a criança pode formar uma frase oralmente, depois escrever as palavras uma a uma, com apoio visual e auditivo. Pequenas conquistas são celebradas, gerando motivação para continuar.
6. Contexto Significativo e Personalizado: É importante relacionar as atividades de leitura e escrita ao cotidiano do aluno. Palavras como “mamãe”, “papai”, “gato” ou “bola” podem ser mais interessantes para uma criança se elas fizerem parte de sua realidade. Criar histórias personalizadas ou usar fotos familiares em materiais de leitura torna a experiência mais próxima e estimulante.
7. Tecnologias Assistivas: Ferramentas digitais como aplicativos de leitura e escrita, com recursos interativos e visuais, podem ser úteis. Tablets com programas que permitem a prática de sons e letras de maneira lúdica são uma ótima maneira de integrar tecnologia ao ensino.
8. Ambiente Acolhedor e Estímulo Positivo
Um ambiente acolhedor, com reforço positivo e paciência, é fundamental. O aluno precisa sentir que está em um espaço seguro, onde o erro faz parte do aprendizado, e deve ser constantemente encorajado com elogios e pequenos prêmios, como adesivos ou estrelas.
Ao combinar essas estratégias, o processo de alfabetização para alunos com síndrome de Down e deficiência intelectual se torna mais acessível.
Durante a palestra a professora referenciou sobre a metodologia ABACADA, método criado pela professora Claudia Mara, que tem obtido respostas, engajamento, e leitura para os públicos infantil e adulto.
Evento Beneficente: Parceria entre Instituto Ana Lara e a Dra Eliane Marques
DRA Eliane Marques
DRA e Mestre em Ciências do Ambiente, Especialista em Análise do comportamento aplicada. Área de Atuação: Neurofisiologia da Aprendizagem Escolar (neurodiversidade), currículos por competência se habilidades e Tecnologias Digitais na Educação.
@draelianemarques